Terceira e última parte dessa primeira
história que compartilho com vocês. Só recapitulando, contei que eu tinha uma
conduta de vida que não era “padrão”, ou seja: eu não era aquela moça boazinha
que todas devemos ser. A vida me deu uma rasteira, colocou diante dos meus
olhos alguém por quem me apaixonei. Daí não deu certo e fui largada. Depois
tentei experimentar do mundo masculino: interessante, mas não me adaptei.
Voltei para o meu mundinho e passei a
viver tudo intensamente, com doses de exageros, como se tudo não durasse nada
mais do que o tempo de um susto, de um suspiro ou de um olhar. Foi assim que
agi quando não encontrei mais nada ao redor e até a terra se ausentou dos meus
pés.
Depois desses altos e baixos não dá para voltar a ser o que se era antes. Eu havia perdido a fórmula e o caminho deixara de ser interessante. Meu mundinho tinha caído e precisei construir outro mais sólido, o que me obrigou a ser melhor para construí-lo e para poder habitar nele.
Lógico que não passei a ser santa. Adoro meus devaneios que hoje são mais comedidos ou talvez melhor escondidos.
Não sei dizer quando, mas em um instante rápido que eu não percebi, a desesperança deu lugar aos novos sonhos mais felizes, com menos projeções e onde eu sempre estou incluída.
Há quem depois da desilusão se resguarde ao ponto de perder a capacidade de sentir sem reservas. Não posso dizer que nunca mais colocarei meu coração na bandeja e ofertarei para um cretino, mas hoje ele está mais seguro, forte e bem guardado.
Cheiro Aurorinha!!!
Ficha Técnica
Fotos: Rafa Bastos
Modelo: Yasmine Reis
Produção: Daniele Gonzaga
Assistente de produção: Selma Rodrigues
Locação: Passeio Público
Poema: Clarisse Lispector
Poema: Clarisse Lispector
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